Espaço de atividade literária pública e memória cronista

quinta-feira, 30 de março de 2017

Felgueirense Artur Coelho na Exposição Temporária dos Objetos Portistas dos Meses de 2016


O antigo ciclista Artur Coelho, natural de Felgueiras e durante anos residente em Vizela (falecido depois em França), é um dos destaques emergentes entre objetos museológicos do FC Porto, sobre os chamados Objetos do Mês, nos baixos do estádio do Dragão. Sendo que durante o ano passado e em cada mês tais objetos estiveram expostos publicamente fora do espaço do museu do clube, à vista do público que entrasse no átrio entre a loja do Dragão e o próprio museu, além do bar e parte de restauração adjacente.


Recorde-se que Artur Coelho foi um famoso ciclista, que durante os anos cinquentas correu ao mais alto nível pelas estradas nacionais e estrangeiras com a camisola do FC Porto, entre 1955 até 1961. Tendo em 1957 triunfado na "Clássica" brasileira "9 de Julho", a chamada Volta a São Paulo. Em cuja vitória, entre trofeus e recordações, recebeu então uma estatueta intitulada Deusa Vitória, que atualmente ainda faz parte do material destacável do Museu do FC Porto.


Como tal a referida estatueta histórica está presente na Exposição Temporária que se encontra no espaço de visita livre, a chamada Sala Multiusos do Museu, lateral à entrada do mesmo Museu do FC Porto – expondo ao público os 12 Objetos do Mês de 2016, que estiveram no átrio de acesso à loja do Dragão durante o ano passado. Onde, por junto se pode apreciar tais objetos que, não estando na exposição permanente, por ora, fazem parte das reservas do Museu.


De entrada livre, é um bom motivo de se passar alguns momentos a admirar objetos que fazem parte da história do FC Porto e particularmente um daquele nosso conterrâneo concelhio, Artur Coelho. Porque, no caso felgueirense, ali faz parte do acervo museológico também tão importante objeto que esteve nas mãos de um felgueirense digno de apreço, glorificando uma sua grande vitória. Inclusive com referência à sua naturalidade, como se pode ver e ler na legenda do painel interpretativo, junto ao trofeu em apreço (e clicando aqui sobre a imagem respetiva, acima).


Atendendo a todo esse esplendor que nos diz algo e merece respeito de todos, mais outros condimentos memoráveis, anotamos por imagens captadas alguns aspetos no que respeita a essa obra de arte memorável. Acrescido de pormenores de interpretação e memorização.


Armando Pinto

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Nota: A propósito, relembramos o currículo de Artur Coelho, (clicando) em

A. P.

domingo, 26 de março de 2017

A propósito de Livros…


Havendo dias de muita coisa, conforme se diz e sabe, relacionado com haver datas dedicadas aos mais diversificados motivos e temas, também há um dedicado a lembrar o livro, algo que até merece, diga-se de passagem. Sendo a data oficialmente dada a homenagear a existência livreira, na proximidade à entrada da primavera e, como tal, também ao acerto da hora – efeméride literária que este ano, calhando ao último dia de expediente semanal, tem mais pelo fim de semana as poucas iniciativas tendentes a assinalar o facto.

Porque há livros e livros, tal como há mar e mar e ir e voltar… fica aqui uma simples lembrança do caso, na certeza que sem escrita impressa nada chegaria além dos tempos que os nossos antepassados viveram e nós ainda vamos nutrindo.


Armando Pinto

quinta-feira, 16 de março de 2017

Duo Sarmento Pimentel na História de Portugal


A propósito da próxima jornada de preito ao célebre “Capitão” Sarmento Pimentel, a ter lugar na sede da Associação 25 de Abril, em Lisboa, evocando a figura heroica do Comandante João Sarmento Pimentel, desfolhamos uma das publicações onde consta o mesmo como personagem histórico nacional – conforme está incluído na “História de Portugal-Dicionário de Personalidades”, volume XVIII, coordenação de José Hermano Saraiva, de 2004.

Com respetivas referências aos dois irmãos sempre unidos, João e a Francisco Pimentel, sendo que foram os dois que celebrizaram o nome Sarmento Pimentel: Joâo Maria, natural de Mirandela mas residente em Felgueiras e Porto (enquanto esteve em Portugal) e Francisco, natural de Rande-Felgueiras, terra de implantação da casa-mãe de sua família, como irmãos que viveram unidos pela vida adiante, mesmo no exílio político em que tiveram de enfrentar duradoura ausência da pátria e de suas raízes por motivos políticos.


Armando Pinto
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terça-feira, 14 de março de 2017

Notícia no SF sobre a homenagem em Lisboa ao “Capitão” João Sarmento Pimentel


Em caixa noticiosa, na edição de sexta-feira dia 10 deste mês de março, o Semanário de Felgueiras informa o público leitor relativamente à homenagem que proximamente irá ser prestada em Lisboa ao “Comandante” Sarmento Pimentel, como era mais conhecido, o mesmo que ficou popularizado como “Capitão, por ser com essa patente que mais se notabilizou. Sendo esse herói nacional, General João Maria Ferreira Sarmento Pimentel, o alvo dessa homenagem póstuma que vai ter lugar na sede da Associação 25 de Abril.


Com efeito, por ocasião da celebração do 43º aniversário comemorativo do 25 de Abril de 1974, a Associação 25 de Abril decidiu evocar a memória de alguém que, pelo seu passado de luta contra o regime deposto naquela data, constitui uma referência relevante num longo processo que conduziu ao fim do fascismo, à libertação do povo português e ao fim da era colonial. A figura objeto deste apelo à memória é o Capitão Sarmento Pimentel e a sua história de vida, os seus feitos e a caracterização da sociedade portuguesa à época em que viveu. O colóquio e a exposição temática a ele associado decorrem nos dias 17, 26 e 30 de Abril próximos.


Desse evento, damos conta da referida notícia publicada no jornal Semanário de Felgueiras – aqui e agora através de recorte digitalizado da respetiva coluna, em separado e junto com algo mais da mesma página, como enquadramento.

Armando Pinto

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segunda-feira, 13 de março de 2017

Crónica de atualidade no Semanário de Felgueiras


Em mais uma crónica já habitual no espaço regular de colaboração, desta vez é de atualidade local concelhia o artigo escrito no jornal Semanário de Felgueiras, versando tema da aproximação pré-eleitoral para os órgãos autárquicos felgueirenses e relacionados assuntos que preocupam os munícipes atentos e devem merecer atenção de quem de direito.


Para efeitos de registo, além de leitura à posteriori (a quem não chegou a ter ainda diante dos olhos a edição impressa do respetivo número de sexta-feira 10, do mesmo periódico felgueirense), juntamos imagem da coluna e o texto por extenso.

Cronónimo Felgueirense

Sente-se haver certo retrocesso no tempo, tal as alterações que se têm verificado no piorar das condições de vida da generalidade dos portugueses, para referir só o que se passa por estas bandas ocidentais, no calendário temporal. Qual recuo de repetição histórica nacional e regional, volvendo a épocas de menor desenvolvimento. Acrescido no fenómeno da diminuição do apreço por valores e enfraquecimento de outros valimentos, a pontos de estarem a desaparecer por decreto laços territoriais e afinidades telúricas. Levando quantas vezes a que qualquer pessoa normal retome seus pensamentos por outros tempos, de virtudes à medida de antigos brios e arrebatadas esperanças.

Ora, circunscrevendo o caso mais ao ponto regional interior de nosso rincão, e olhando pessoalmente para dentro, como qualquer um de nós que temos o mesmo denominador comum desta afinidade sentimental que é Felgueiras, já temos dado connosco a recuar no tempo, voando em pensamentos e percorrendo idealismos, até outrora, do que nos lembramos, pousando, qual passarinho da saudade, em eras recuadas. Vindo à ideia outros tempos dos bonecos da televisão, como chamávamos aos desenhos animados que já víamos no aparelho que havia na Casa do Povo da Longra pelos idos anos iniciais da década de sessenta, quando não abundavam ainda tais caixas mágicas televisivas em casas particulares e mesmo em muitos sítios, em pleno período romântico de que reza a história do século XX. Mas, então, sem dar muito apreço às tropelias de malandrecos figurões, não gostando assim tanto de ver um rato a gozar com um gato, embora valorizando à vista dos mais pequenos poderem vencer os fortes, contudo dentro de reta verdade e sem recurso a astúcias habilidosas.

Vem ao caso o que já se vai notando no ambiente pré-eleitoral para as próximas eleições autárquicas, em território felgueirense. Não tanto pelo ato em si, mas pelo que isso importa para os interesses felgueirenses. E dentro desse quadro, como há muito existe boa gente que pensa, apetece dizer que teoricamente devia haver eleições mais vezes, em menor espaço de tempo, para que o que realmente mais interessa viesse à praça pública mais frequentemente e assim algo pudesse acontecer. Passados que são os anos de cada mandato autárquico quase sem novidades, ou na indiferença costumeira, para na proximidade de cada final de ciclo voltar a ouvir e ler-se o nome de Felgueiras a propósito de tudo e virem acima das atenções todo e qualquer caso antes adormecido. Para não falar em obras que são feitas ou deixadas a meio na azáfama da época, quando quaisquer eleitores já conseguem fazer emperrar obras públicas, enquanto não terão depois voz na matéria. Mais o aumento de som que se verifica nas vozes contraditórias, por um lado, e nas apoiantes, por outro quadrante. Passando a haver temas de conversas e notícias mais veementes, com maior acutilância de atualidade.  

Eis assim o que por cá se vai deparando no horizonte, deixando no ar algumas interrogações e levando ao interesse por algumas eventuais certezas. Apesar de naturalmente passar a haver dúvidas que bastem, no porquê de questões apenas levantadas em ocasiões destas, e pendências que não são muito de entender, além dos motivos que estarão subjacentes, quer num lado, quer do outro.

Que Felgueiras-concelho ganhe com isso é que valerá acima disso tudo, desde que os interesses felgueirenses saiam mais à rua, não apenas em sátiras de corso de entrudo e testamentos carnavalescos uma vez por ano, mas na procura de proporcionar melhor ambiente público durante todo o tempo, de janeiro a janeiro no seguimento de cada ano, de noite e dia no semblante de convívio populacional. 

ARMANDO PINTO
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